Atividades extraclasse contribuem de maneira decisiva para o aprendizado e reforço do conteúdo das disciplinas em todas as fases da educação. Pesquisa da Western Sydney University aponta que habilidades desenvolvidas em ambientes externos permanecem com os estudantes e melhoram seu desempenho na vida acadêmica, além de ampliar o envolvimento e o interesse pelas aulas em mais de 90% dos alunos e professores e melhorar o comportamento de mais de 80% dos estudantes.
Na ESAMC Santos, as atividades práticas fazem parte da rotina de aprendizado e foram ampliadas no primeiro semestre deste ano, após o longo período de isolamento provocado pela pandemia. “Tão importante quanto aprender conceitos em sala de aula é tocar, sentir, perceber, dimensionar, discutir, assimilar e evoluir”, afirma o professor de Arquitetura e Urbanismo da ESAMC Santos, Dawerson da Paixão Ramos.
Segundo Ramos, visitas técnicas e atividades extraclasse são parte importante da formação profissional do acadêmico para a associação do aprendizado em sala de aula com a vivência, assimilação da teoria e da prática, interação com outros profissionais, colegas e professores. “É uma sinergia de aprendizado”, explica.
A atividade extraclasse é um processo importante para aproximar os alunos de vivências e experiências que ele pode apenas ter escutado e nunca visto, afirma o professor de Engenharia e Arquitetura da ESAMC Santos, Alessandro Cardoso. “É a chance de experimentar possíveis erros e soluções de forma segura com supervisão dos profissionais”, defende.
Ramos esclarece que o conteúdo convencional é a primeira parte desse processo de aprendizado. “Antes, deve-se alimentar o repertório, conhecer, ler, visualizar. O segundo passo é experimentar, associar, assimilar. Por fim, o aluno estará preparado para discutir, criticar e melhorar”, aponta. Cardoso comenta que as atividades devem ser planejadas nas primeiras semanas do semestre para coincidir com as atividades interdisciplinares já programadas no calendário.
A atividade externa instiga o acadêmico a querer mais, a discutir as informações e gera expectativas, conforme o professor arquiteto da ESAMC. “Leva, assim, à discussão dos problemas pelas soluções já apresentadas, gerando propostas para novas outras soluções, de acordo com o repertório de conhecimento desenvolvido”, diz.
Para além das práticas laboratoriais, visitar uma obra traz conteúdo relevante no processo de formação profissional, aponta Ramos. “Conversar com o pedreiro, chapiscar um muro, gabaritar uma locação, colocar a mão na massa representam grande aprendizado, assim como discutir um conceito histórico, construtivo, cultural através de patrimônios culturais expostos por construções ou manifestações tangíveis ou não”, alega.
De acordo com o arquiteto, a filosofia da ESAMC Santos tem como objetivo colocar o acadêmico próximo à realidade e capacitado na prática profissional para ser inserido no mercado. “Esse é um dos diferenciais da ESAMC Santos, a liberdade aos docentes em permitir e proporcionar aos alunos essas atividades, aproximando os alunos cada vez mais das realidades de mercado”, afirma Cardoso.
Atividades
Jogos universitários, visita monitorada a museus, exposições, patrimônios históricos, semanas acadêmicas e projetos de interface social foram algumas das atividades externas realizadas no primeiro semestre na ESAMC Santos. A turma de Arquitetura do professor Ramos visitou três patrimônios históricos tombados em São Paulo, construídos no início do século 20.
Nesses locais, os estudantes estudaram as disciplinas de Conforto Ambiental - Térmico, Sonoro e Luminoso; Técnicas Retrospectivas; e História da Arte, da Arquitetura, do Urbanismo e do Paisagismo. Os edifícios visitados foram Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde os alunos conferiram a exposição "A Tensão de Leandro Erlich"; a Estação Júlio Prestes e a Sala São Paulo; e o Mercado Municipal de São Paulo.
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