sábado, 6 de agosto de 2022

Executivos de grandes empresas brasileiras defendem que o futuro do país está na educação

Durante a Expert XP 2022, maior evento financeiro do país, que debate temas como empreendedorismo, economia, ESG e inovação, os executivos Fabrício Bloisi (IFood), Pedro Franceschi (BREX), Carlos Alberto Sicupira (AB Inbev) e Guilherme Benchimol (XP) mostraram que têm algo em comum, além do sucesso no mundo dos negócios: a visão sobre o futuro do país.

Representando diferentes gerações de empreendedores, eles foram unânimes ao cravar que a educação é o principal caminho para o desenvolvimento do Brasil.  “O nosso problema continua o mesmo, o baixo investimento em educação. Não temos oportunidades iguais para todos. Isso passa pelas diferenças no processo de colonização do país, pelo pós-escravidão e reflete, até hoje, em aspectos culturais importantes”, pontua Beto Sicupira, sócio da AB Inbev.

Já Guilherme Benchimol, Fundador e Presidente Executivo do Conselho de Administração da XP Inc., destacou que olhar para a educação deve ser um compromisso de todos: sociedade, governo e empresas. “Não basta apenas reclamar do governo, temos que priorizar esse tema. Nenhum dos candidatos à presidência têm falado sobre seus projetos para a educação no país. As empresas, maiores, médias ou pequenas, também devem investir na educação”, afirma Benchimol, destacando os projetos da XP no segmento, que reuniu um aporte de R$ 100 milhões com foco na educação. 

Mudança de Mindset

Discípulo da cultura do “Sonho Grande”, implementada pelo trio fundador da Ambev, Benchimol comentou a importância de ter valores sólidos para desenvolver um país. “Não conheço uma empresa ou país que deu certo e que não tenha uma cultura forte, uma cultura que una. Quando se fala do Japão se pensa na cultura da honra, na Alemanha a precisão, em Israel a inovação, nos Estados Unidos o empreendedorismo. E quando se fala do Brasil tem o “jeitinho”. Eu adoraria que o Brasil fosse o país da excelência.  Temos muitas mazelas em nosso país, mas não podemos ser tão vitimistas. Temos que colocar na cabeça das pessoas que somos excelentes. E se todo mundo for excelente, desde as coisas pequenas até as maiores, acho que mudaremos esse mindset e mostraremos do que o Brasil é capaz”, apostou.

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