Obra Fiesta de Waldemar Zaidler (1986) Foto: InfoArte
Imagens de divulgação: https://flic.kr/s/aHBqjBaMJw
Obras de arte de Renina Katz e Waldemar Zaidler, expostas na Estação Sé do Metrô de São Paulo; de Mário Fraga, na Estação Anhangabaú, e de Antônio Peticov, na Estação República, passarão por um minucioso processo de restauro e serão devolvidas à cidade de São Paulo. A ação faz parte da quarta edição do projeto Conservação de Obras de Arte em Espaços Públicos - iniciativa da InfoArte, produtora cultural de Eduardo Lara, com patrocínio da Bombril. O anúncio e início dos trabalhos de restauro serão feitos no próximo dia 25 de janeiro quando a capital paulista comemora seu aniversário de 470 anos.
Com os trabalhos deste ano, a iniciativa completa um conjunto de 80 obras de arte resgatadas e restauradas em locais como Praça da Sé, Avenida Paulista, Parque Ibirapuera e em 14 estações do Metrô de São Paulo. Eduardo Lara, diretor da InfoArte, ressalta que a preservação do patrimônio cultural da cidade valoriza o trabalho de artistas que ajudaram a construir a história da arte no Brasil. “Além de preservar nosso rico patrimônio artístico, o projeto de conservação das obras de arte no Metrô é também uma iniciativa que visa reconectar as pessoas ao espaço público, proporcionando a sensação de pertencimento e estimulando a coletividade. Queremos que todos se sintam verdadeiramente donos desse valioso patrimônio público.”, afirma Eduardo.
A missão do projeto converge com a cultura da Bombril e com o seu papel de grande aliada dos brasileiros para garantir a limpeza e a conservação dos seus lares e de forte apoiadora da cultura brasileira. “A Bombril está presente em quase 100% dos lares brasileiros e é referência quando o assunto é limpeza. Não poderíamos ficar de fora de um projeto tão nobre, quanto o de conservar essas obras de arte, que são parte da nossa história”, conta Gustavo Amaral, diretor de marketing da Bombril.
Obras beneficiadas na quarta edição
Além de prolongar a vida destas obras de arte, o projeto chama a atenção para a existência da arte no dia a dia de pelo menos 4 milhões de pessoas que transitam pelo Metrô de São Paulo diariamente. “Essa ação é um presente que oferecemos à São Paulo”, diz o diretor da Infoarte.
Na quarta edição do projeto, quatro obras localizadas em estações de grande circulação da capital paulista serão beneficiadas.
- Estação Sé - “Sem Título”, 1978, mural de 55 módulos de acrílica sobre concreto, medindo ao todo 33 metros de comprimento, produzido em 1978 pela ilustradora Renina Katz.
- Estação Sé - “Fiesta”, 1986, painel de 10 metros de largura no qual o pintor paulista Waldemar Zaidler retrata duas pessoas em um momento de celebração.
- Estação Anhangabaú - “In Vitro”, 1999-2020, instalação do artista plástico carioca Mário Fraga que reúne 42 vitrais e 18 espelhos coloridos.
- Estação República - “Momento Antropofágico com Oswald de Andrade”, 1990, do pintor e escultor paulista Antonio Peticov, painel de 16 metros que retrata o poeta e ensaísta Oswald de Andrade.
As obras de arte beneficiadas nesta edição passarão por trabalhos como higienização, recuperação de superfícies e cores, retirada de manchas e polimento. Até julho, cada trabalho receberá cuidados específicos, feitos de acordo com o estado de preservação, e ao final do processo também será aplicada uma camada protetora, que prolonga o período de proteção, e facilita limpezas futuras.
No Parque Trianon, na Avenida Paulista, foram conservadas três emblemáticas esculturas: Fauno (1944), de Victor Brecheret; Anhanguera (1935), de Luís Brizzolara; e Busto de Joaquim Eugenio de Lima (1952), de Roque de Mingo.
O projeto também recuperou em 2019 30 obras do Jardim de Esculturas do MAM São Paulo, no Parque Ibirapuera, um dos principais acervos brasileiros expostos a céu aberto. São monumentos projetados por importantes nomes da cena contemporânea do País, com obras como Aranha (1981), de Emanoel Araújo; Carranca (1978), de Amilcar de Castro; Sete ondas - uma escultura planetária (1995), de Amelia Toledo; Cantoneiras (1975), de Franz Weissmann; e Corrimão (1996), de Ana Maria Tavares.
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