sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

Requalificação da Campos Sales começa em agosto e terá nove etapas

Aviso
A ACIC informa os horários especiais no Carnaval para o comércio de rua de Campinas: segunda-feira, dia 28 de fevereiro, e quarta-feira, 2 de março, as lojas abrem das 8h às 19h. Na terça-feira, dia 1º de março, a abertura será facultativa, das 9h às 17h.
 

As obras de requalificação da avenida Campos Sales, no Centro de Campinas, terão início em agosto deste ano e serão realizadas em nove etapas, com paralisação nas datas importantes para o comércio, como o Natal, a fim de promover o menor impacto negativo possível aos negócios instalados no local e nas vias adjacentes. A divulgação aconteceu na terça-feira, 22, durante reunião na Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC), pelo diretor-presidente da Emdec (Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas), Vinicius Riverete.

O primeiro vice-presidente da ACIC, Guilherme Campos Júnior, presidiu a mesa diretiva, composta pela presidente da ACIC e secretária municipal de Desenvolvimento Econômico, Adriana Flosi, pela presidente do Sindicato Varejista de Campinas e Região (Sindivarejista), Sanae Murayama Saito, pelo presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio de Campinas e Região (Sindilojas), Guto Gobbo, e pelo presidente do conselho consultivo da ACIC, Edvaldo de Souza Pinto, além do diretor-presidente da Emdec, Vinicius Riverete.

Guilherme Campos ressaltou a importância de iniciativas que promovam a melhoria da região central: “A realização das obras por trechos e fora dos períodos de pico para o comércio são pontos positivos. Hoje, foi apenas o primeiro passo, e importante para saber quem é o responsável pela execução do projeto e para que os lojistas possam se planejar de acordo com o cronograma das obras. Novas reuniões entre os envolvidos – Emdec, Setec, CPFL, Sanasa e Comgás, por exemplo – precisarão acontecer porque as pessoas que habitam o local e vivenciam o dia a dia da Campos Sales devem estar envolvidas nas conversas. Essas pessoas, instaladas há 40, 50 anos no Centro, têm muito a contribuir”, enfatizou Guilherme Campos Júnior.

O cronograma

O coordenador de projetos da Emdec, Marcelo José de Oliveira, explicou o cronograma das obras que prevê o período de dois meses para a conclusão de cada trecho, até a execução total do trabalho, em um ano:

Avenida Francisco Glicério e Rua José Paulino (agosto e setembro de 2022);

Rua José Paulino e Rua Ernesto Khulmann (setembro e outubro de 2022);

Rua Ernesto Khulmann e Rua Álvares Machado (outubro e novembro de 2022);

Rua Álvares Machado e Avenida Senador Saraiva (janeiro e fevereiro de 2023);

Avenida Senador Saraiva e Rua Visconde do Rio Branco (fevereiro e março de 2023);

Rua Visconde do Rio Branco e Rua Saldanha Marinho (março e abril de 2023);

Rua Saldanha Marinho e Rua 11 de agosto (maio e junho de 2023);

Rua 11 de agosto e Avenida Andrade Neves (junho e julho de 2023);

Avenida Andrade Neves e Avenida Lidgerwood (julho e agosto de 2023).

Entre os dias 8 de dezembro deste ano e 1º de janeiro de 2023, as obras serão paralisadas em decorrência do aumento no fluxo de pessoas na região central por conta das vendas de Natal.

O projeto

O projeto arquitetônico, assinado pela arquiteta e urbanista Maria Rita Amoroso, tem o pedestre como ponto central. O objetivo é atrair pessoas para o Centro. Dessa forma, todo o mobiliário foi pensado para transformar a via em um local onde os passantes possam, por exemplo, sentar-se para tomar um sorvete. A calçada deve ser ampliada em cerca de 50% e serão instalados elevados para garantir a mobilidade e a acessibilidade.

Estão previstos, ainda, um novo projeto de iluminação para a melhoria da segurança, instalação de bancos e lixeiras, jardins de chuva para melhor drenagem e projeto paisagístico assinado pelo paisagista Eduardo Pagotto. Toda a fiação será enterrada e as bancas serão padronizadas.

As demandas do comércio

A questão das bancas foi levantada por lojistas e, também, por Sanae Murayama Saito e por Guilherme Campos Júnior, porque existe a preocupação com um eventual aumento no número de permissionários no decorrer da obra, o que foi rebatido por Vinicius Rivarete. Segundo ele, não haverá alteração, nem para mais e nem para menos. Todos serão mantidos, desde que adotem o padrão. “A nossa preocupação é com o desgaste da área devido à ocupação desenfreada, sem normas ou padronização”, afirmou Guilherme Campos.

Outro ponto que gerou preocupação entre os mais de 80 comerciantes presentes foi em relação às adequações das fachadas e das instalações elétricas, entre outras, nos estabelecimentos, seguindo o cronograma das obras. Para auxiliar os lojistas, a ACIC fará a “ponte” entre eles e uma empresa especializada em instalações elétricas, como já ocorreu quando da revitalização da Avenida Francisco Glicério.  

Um dos temas mais recorrentes entre os participantes da reunião foi em relação a outras ações do poder municipal para beneficiar o Centro e os empreendedores, que há quase três anos enfrentam a crise gerada pela pandemia.  Adriana Flosi destacou o projeto que organiza a doação de refeição para as pessoas em situação de rua (Vem com a Gente) e o projeto Recomeça, que beneficia micro e pequenas empresas e microempreendedores individuais. 

Ela comentou que há um olhar do prefeito Dário Saadi para a região, com lei específica para o trecho entre Avenida Moraes Sales, Avenida Anchieta e Rua Barreto Leme até a Estação Cultura. Além disso, Adriana levará ao prefeito Dário e ao secretário de Finanças, Aurilio Sérgio Costa Caiado, a solicitação dos empresários para a isenção ou adiamento do pagamento de IPTU no período das obras em frente aos seus estabelecimentos.  

Sobre o Centro de Campinas

A região central concentra 35% do total de estabelecimentos de varejo de Campinas. Em 2019, eram 2.620 comércios. Em 2020, 2.385 e, em 2021, 2.355 instalados no Centro expandido (compreendendo o quadrilátero da rótula formada pela estação ferroviária, nova rodoviária, Rua 13 de Maio, Av. Anchieta, Av. Orosimbo Maia e Av. Andrade Neves. A Avenida Campos Sales concentra cerca de 90 estabelecimentos comerciais. Pelo Centro passam, em média, 300 mil pessoas por dia. Com a ampliação do horário, em dezembro, o fluxo de pessoas aumenta entre 10% e 11% por dia. Nos dois anos da pandemia, as perdas do comércio e dos serviços de Campinas chegaram a R$ 2,6 bilhões, de acordo com levantamento feito pelo Departamento de Economia da ACIC.

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